quarta-feira, 18 de maio de 2011

Bem-vindos!

               Pediremos para que o internauta se sinta a vontade de colocar ou o seu comentário, ou o seu ponto de vista, ou a sua reflexão, ou a sua dúvida a cerca das notícias trazidas pelo grupo as quais serão postadas aqui. É muito importante que o visitante comente as postagens, pois, dessa forma, podemos realizar muitas discussões que concernem o nosso contexto social atual e, assim, estarmos conscientes, na medida do possível, de nossa alienação ou de nossa conscientização.         
              Para início escrevemos um texto (que serve como uma reflexão) com o objetivo de ajudar na construção dos comentários dos internautas que se interessarem pelo conteúdo aqui abordado: aqui segue o texto:

Consciência Social e Alienação Social

            O sujeito se relaciona com o seu social de forma ativa e passiva, é um ser determinante e determinado. Cada um Cada um tem inteligência e autonomia em grau elevado ou não; o grau elevado fará com que possa transformar a história da humanidade, ou seja, aquilo que foi feito pelo homem e aquilo que aconteceu com ele (é exatamente nesse ponto que a psicologia social entra: entender e compreender a atividade humana na sociedade, e, além disso, intervém para que, de alguma maneira, os sujeitos possam estar conscientes de seu círculo social no qual estão inclusos e, por que não, fazer com que possam realizar mudanças sociais).
            Nós, seres humanos, somos seres culturas, diferentemente do restante dos outros animais que são seres protoculturais. Ou seja, nós temos a linguagem, código simbólico que permite estarmos conectados uns com os outros e, dessa forma, adquirimos a condição de estarmos inseridos em um grupo social. Por isso, a comunicação – propiciada pela linguagem – faz com que possamos nos identificar com um grupo, e esse processo é explicado por muitas teorias psicológicas, porém, o que importa, é que podemos praticar o discurso em um grupo. No momento em que o sujeito se relaciona com um paradigma, ele pode, aos poucos, ter consciência de si, ou seja, ele é capaz, de alguma maneira, perceber que essa prática discursiva que o seu grupo realiza não condiz com o seu ideal ou com as suas aspirações sociais. Como ele é um ser ativo e determinante, é capaz de realizar uma micropolítica que afetará o seu grupo e, dessa forma, o grupo é “atingido” por essa alteridade de seu “colega” e todos, dessa maneira, podem concordar com essa mudança realizada por aquele sujeito. É exatamente dessa forma que a história da humanidade sofre mudanças. Aqueles que conseguem modificar um paradigma x e, assim, originar um paradigma y, estão lutando por seus ideais, pelos seus objetivos e, para que haja essa mudança, os sujeitos devem se conscientizar de que o paradigma x não corresponde mais com a sua realidade, logo devem mudá-lo (realizando micropolíticas) para estarem de acordo com a sua realidade, porém qual desses dois paradigmas é o alienado: o x ou o y? Depende da subjetividade de cada sujeito que está sendo influenciado por sua cultura, ou seja, quando olhamos para o passado, nem acreditamos que nós vivíamos em um estado alienado e daqui há alguns anos, a nova geração olhará para trás e pensará da mesma maneira. Poderíamos dizer que estamos lutando constantemente contra a nossa própria alienação construída.
            Portanto, esse processo poderia explicar alguns temas que são estudados pela psicologia social como: a mudança de um paradigma para outro; a alteridade, que afeta o observador através do discurso do outro e, assim, ambos realizam micropolíticas para que haja a mudança de paradigmas; a conscientização social, que foi realizada através de uma micropolítica a qual fez com que o grupo pudesse parar de viver alienadamente (e dá para se notar a importância da conscientização, pois se não houvesse ela, não poderia ser feita a mudança da rotina daquele grupo; daquela mesmice); a inclusão e ou inclusão social, pois no momento em que foi realizada a micropolítica, cada sujeito do grupo optou, através de suas subjetividades, por incluir-se ou não nessa mudança paragmática, rompendo com o modelo alienatório e, finalmente, explicaria, também, o paradigma da complexidade de Edgar Morin, pela complexidade que nos leva esse texto aqui escrito.

Sejam todos bem-vindos,
Grupo Consciência Social e Alienação (CSA).

Um comentário:

  1. A questão da consciência social e da sua alienação é de suma importância. Geralmente o indivíduo para ser aceito em um determinado grupo social procura reproduzir os padrões comportamentais dos seus pares, sem se questionar acerca da sua origem.
    Alguns, embora poucos, indagam sobre a razão do comportamento adotado pela sociedade em que vive. Perguntam acerca das origens dos conceitos e posturas de seus pares, as quais lhes são impostas pelo grupo. Nesses momentos, se a sociedade for constituída pela dominação, surge a repressão às idéias que põem em questão o “status quo” da comunidade constituída sobre princípios de imposição. Surgem os atritos inevitáveis entre o velho e o novo modo de ver as questões sociais. E nessas oportunidades o discernimento é de suma importância para se avaliar o valor dessa nova forma de ver os valores norteadores do comportamento humano e da necessidade de estabelecer um "modus vivendi", inevitável num mundo constituído pelos mais díspares modos de pensar.
    Essa forma buscada de admitir a convivência dos mais diversos modos de pensar é que possibilita o surgimento das micropolíticas. Assim não fosse não teríamos opção de paradigmas, nem poderíamos influir para o surgimento de novos. Com a liberdade de pensamento nos é possibilitado expressarmo-nos e defendermos idéias inovadoras que, quando se constituírem em princípios inovadores embasados na busca da justiça social, podem constituir-se, a princípio, em micropolíticas que podem mudar a sociedade em que vivemos.
    Não há outra forma de se disseminarem idéias novas a não ser através das micropolíticas. Daí a importância de se fomentá-las. Mas mais importante do que fomentá-las é desenvolver a capacidade de avaliar racionalmente os paradigmas pelos quais a humanidade se pauta e para isso é indispensável a filosofia. Ela faz que o ser raciocine acerca de tudo, faça seu juízo e tire suas deduções de acordo com a razão.
    Para fugir da alienação social é necessário ter consciência dela e atuar na sociedade de forma a contribuir para o seu progresso. A micropolítica é o caminho seguro para esse fim. O maior exemplo de micropolítica está no mais revolucionário advento da humanidade: a expressão do pensamento de Jesus a despeito de toda a resistência dos poderosos de sua época.
    Parabéns pela abordagem desse tema.
    Vilson Fonseca Lemes

    ResponderExcluir