quinta-feira, 23 de junho de 2011

Discussões e efeitos gerados pelo atropelamento de integrantes do grupo Massa Crítica

No mês de fevereiro desse ano, um homem de 47 anos atropelou cerca de 10 ciclistas que fazem parte do Movimento Massa Crítica que defende a utilização de bicicletas como meio de transporte e como forma de preservação do meio ambiente. O movimento encontra-se toda última sexta-feira de cada mês no Largo Zumbi dos Palmares. Juntos, os ciclistas fazem um percurso nos arredores da Cidade Baixa, foi em um desses encontros que ocorreu o atropelamento. O Movimento defende o discurso que visa o bem-estar da sociedade, pensando num futuro saudável para todos. Por isso, mostra-se contra o consumo desenfreado de automóveis, que causam excesso de gases emitidos pelos combustíveis utilizados e também como forma de descongestionamento do trânsito da capital. Esse discurso caracteriza a consciência social dos integrantes deste grupo.
Por outro lado, na atitude extrema do motorista que causou esse acidente, há indícios de uma alienação que está presente na maior parte da população (logicamente em menor escala), que preza por soluções mais práticas e rápidas para realizar as inúmeras tarefas do cotidiano e não tem paciência para meios um pouco mais demorados, embora sejam igualmente eficientes e promovam a saúde pública.
O acontecimento ocasionou uma forte discussão na sociedade, que se sensibilizou, conheceu o Movimento e pôde refletir sobre as consequências ambientais geradas pelo consumo excessivo da indústria automobilística que coloca o carro como um instrumento de poder. Um fato que comprova essa comoção da sociedade é o aumento considerável de membros da Massa Crítica após o mês de fevereiro e a implementação do projeto da extensão de uma das ciclovias de Porto Alegre. O trajeto, que deve ter 9,4 quilômetros, irá da Avenida Edvaldo Pereira Paiva (Estádio Beira-Rio), passando pela Avenida Ipiranga e terminando na Avenida Antônio de Carvalho (mais informações no link: http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1&newsID=a3360630.xml&channel=13&tipo=1&section=Geral ).
Uma alternativa viável de transporte, como frisa a Massa Crítica, é a utilização de bicicletas, mas também existem outras soluções intermediárias como a carona e o uso de transportes coletivos, que diminuiriam a quantidade de carros na cidade e a poluição produzida por eles. Além disso, o processo de mudança desse pensamento deve começar desde a escola, para formar gerações futuras já com consciência dos seus deveres de cidadãos para que preservem o espaço em que vivem e possam abrir mão de certa comodidade para seu próprio bem-estar e para o bem-estar do planeta. Só assim poderemos evitar situações horríveis como esta protagonizada por atitudes de pólos que vão da consciência social à alienação.
Para finalizar e relembrar, segue o vídeo do momento do atropelamento:


E vocês, o que pensam sobre isso? Quais são as medidas a serem tomadas e qual é a postura que a população deve ter diante dessa questão?

Aos interessados, este blog: http://vadebici.wordpress.com/ é  para quem quer mais informações sobre a Massa Crítica e tem interesse em discutir o tema.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Coréia do Norte testa míssil de curto alcance


Coréia do Norte testa míssil de curto alcance


A seguinte notícia foi retirada do site www.g1.globo.com.
* O link da noticia estará no final desta postagem.

            A forma que o homem se identificou para mostrar a sua agressividade e a sua destrutividade em nossa idade contemporânea foi através do uso bélico o qual hoje está muito desenvolvido. Deve-se, é claro, dizer que não são todos os homens. Poderíamos ter muitas conclusões sobre esse acontecimento, como a evolução da própria espécie que teria trazido esse instinto agressivo e destrutivo ao longo das gerações, como a questão do ambiente que exerce um papel fundamental para que o homem possa desenvolver e/ou potencializar o seu instinto maligno e entre outros fatores. A arma, a oportunidade de ter em mãos uma arma mostra uma forma de conseguir ter poder e, também, quanto mais destrutiva ela for, melhor. A história nos mostra os acontecimentos do que foi feito pelo homem e o que aconteceu com ele e não há em nenhum momento desse estudo do tempo em que não houve uma guerra.
No entanto, a ética, ou seja, o conhecimento filosófico nos trouxe formas grandiosas de podermos ter um mínimo de conscientização pelo o que é certo e pelo o que é errado, ou seja, nós temos a capacidade de discernir sobre nossas ações, comportamentos, necessidades instintivas e entre outros. Logo, poderíamos ter uma conscientização social para que não precisássemos mais ter guerras ou formas violentas de expressar o nosso instinto agressivo, ou seja, ter consciência e, assim, controlarmo-nos, para conseguir adquirir formas não violentas de agressividade. São aquelas filosofias que o próprio budismo e, até mesmo, Freud falam: que os inteligentes são aqueles que conseguem controlar os seus instintos, que, nesse caso, é o da destrutividade.
            Portanto, se nós não acreditamos em um mundo sem guerras, sem violências e entre outros, poderíamos dizer que  o segundo parágrafo desta postagem é uma visão utópica de mundo e, assim, poderíamos dizer, também, que há uma alienação instintiva nos seres humanos, que é aquele instinto agressivo com o qual nascemos já em nosso psiquismo e, também, um ambiente alienatório que nos “cria” para que possamos ainda mais desenvolver essa violência. Porém, não podemos esquecer de que somos racionais e de que também existem pessoas que não têm esse instinto agressivo no sentido de causar mortes e nem de causar danos graves aos outros. Todavia, acredito que esse “medicamento” chamado controle do instinto agressivo está longe de ser fabricado.  
*Segue o link da notícia:
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2011/06/coreia-do-norte-testa-missil-de-curto-alcance.html


Facebook é notificado por denúncias de violação à privacidade

*Essa notícia foi retirada do site www.g1.globo.com.

A exposição que fazemos de nós aos outros parece que está sendo uma grande necessidade. O que me leva a colocar minhas fotos para que os outros as vejam? O que faz com que eu tenha que mostrar o meu diálogo com um amigo aos outros? O que me leva a compartilhar assuntos de meu interesse com outras pessoas? Uma das respostas para essas perguntas seria a questão de como a subjetividade de cada um está inserida nesse mundo virtual que faz parte de nosso cotidiano.  Não conseguimos mais fazer nossas tarefas pessoais sem antes dizer a todos, é incrível. Qual seria a graça de eu ter olhado um filme comendo pipoca e ninguém ficar sabendo disso ou, então, qual seria a graça de eu ter comprado um cachorro e não o expor a todos através de uma foto? Estamos vivendo numa época em que há uma necessidade de exposição ou de exibição. Provavelmente, pode ser que já tenham pessoas que fazem algo só para se expor, ou seja, acho que eu vou pular de pára-quedas, pois vai ser muito divertido colocar isso no meu facebook. Não duvido de que há, ainda, aqueles que colocam algo antes de fazer uma ação, ou seja, escreve no “programa”: “vou andar de bicicleta agora”; imagina se essa pessoa não for andar, estará mentindo, sentirá um remorso, então se obriga a andar de bicicleta (pode ser que eu esteja levando ao extremo com esse exemplo, mas não duvido de que há).  No entanto, o ponto que deve ser discutido é: será que as pessoas vivem para os outros ou para si mesmas?  Porque no momento em que eu não consigo fazer mais nada a não ser que compartilhe o que eu vou fazer com outras pessoas, eu estou precisando de quê? Portanto, viver para os outros e não por si mesmo é estar alienado em sua forma de viver.   

Culpam o facebook por violação de privacidade, porém, no momento em que eu me exponho de forma compulsória (digamos assim) em algo em que todos podem ter acesso, por mais  bloqueado que seja, eu tenho que estar conscientizado de que uma hora isso pode “vazar” por aí. Não sei se o facebook é realmente um culpado nisso tudo, mas as próprias pessoas que ali se exponham devem estar conscientes de que podem não ter privacidade (o que é um tanto óbvio) e, além disso, podem estar correndo, até mesmo, risco.

Segue o link da notícia:

* http://g1.globo.com/mundo/noticia/2011/06/facebook-e-notificado-por-denuncias-de-violacao-privacidade.html

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Quanto ao Bullying


O que antigamente era apenas visto como “maldade de criança” não era caracterizada e, muito menos, denominada; hoje já é conceituada como bullying. E, bom, quem nos dias de hoje nunca ouviu falar em bullying? O bullying é considerado um tipo de agressão que intimida moral e fisicamente – caracterizada por isolamento e discriminação de diferenças, comum em crianças e adolescentes – que pode causar conseqüências para uma vida toda. Por esse motivo é que o bullying começou a ser discutido, porque cada vez mais a formação e a saúde mental da criança são notadas, e, também há a importância para a constituição de um sujeito. Também, um fato interessante é que nem sempre a posição de agressor e agredido é mantida, ocorre com freqüência o agredido se tornar o agressor em outro grupo e vice-versa: o agressor passa a ser agredido.
Um acontecimento que trouxe à tona o bullying, através da mídia, foi o atirador de Realengo – que massacrou alunos de uma escola, levando a morte 12 delas – levantando questões se ele sofreu ou não bullying e se isso seria um fator que contribuiu para o massacre.
Hoje o bullying vem sendo enxergado, estamos trazendo a conscientização este aspecto que todos já passamos ou vimos passar em nossa infância e adolescência, sempre foi um acontecimento presente na sociedade, mas só agora começou a ser vinculado pela mídia e forçando escolas a esta discussão. E qual lugar melhor que a escola para educar e debater o respeito pelas diferenças?
            O bullying, com certeza, é um fator muito agravante da exclusão social e, inclusive, se esta conscientização não ocorrer, temos uma praga que pode se espalhar (já estão falando de bullying no trabalho). Devemos saber e estimular a abordagem do assunto nas escolas, no trabalho, em casa ou em qualquer forma de convívio. Não devemos achar normal a agressão, achar “maldade de criança”, devemos educar como primeiro passo para uma sociedade mais aberta às diferenças. Estimularmos crianças e adolescentes é primeiro passo para que essa aceitação das diferenças nos siga para vida do sujeito livre de preconceitos.
Uma forma de respeito e aceitação foi o que fizeram alunos mineiros do terceiro ano do Ensino Médio – os 27 meninos da turma rasparam o cabelo em sinal de solidariedade com o colega que foi diagnosticado com câncer. O vídeo está no seguinte link:

http://www.youtube.com/watch?v=d3Js3-phym4

Barão Günther Von Berg: o alemão anti-nazismo

Barão Günther Von Berg: o alemão anti-nazismo

No Jornal de Novo Hamburgo havia saído uma notícia (20/08/1981) sobre um alemão que nascera em Berlim, o cantor e Barão chamado Dietrich Günther Von Berg. Ele era um cantor famoso da Alemanha e conhecido por toda a Europa nos anos 20 e 30 que foi perseguido pelos nazistas de Hitler. O leitor poderia concluir que Günther era judeu, porém, engana-se. Ele tentara combater o nazismo e, assim, proteger os judeus, pois não concordava com a política ideológica nazista (extrema direita). Testemunhou alguns campos de concentração enquanto se apresentava nos palcos da Europa e por sorte, conseguira sobreviver fugindo, então, para a cidade de Novo Hamburgo. Porém, quando lá chegou, uma surpresa, a GESTAPO (polícia alemã) estava também presente na América do Sul. Nessa cidade, o Barão Günther encontra um comerciante nazista que o cumprimenta com saudações nazistas, e Dietrich responde a saudação, com raiva, da seguinte forma: “Fugi da Alemanha para nunca mais precisar ouvir isso [...]. Eu não sou nazista, detesto o nazismo e os nazistas. Morra Hitler”, sua resposta deixa boquiaberto o admirador de Hitler que depois o denuncia por ser comunista. Portanto, além de ser perseguido por ser anti-nazista, também estava sendo perseguido por ser comunista, dessa forma, Günther, através da ajuda de amigos judeus, consegue ir para Hungria e, depois de alguns anos, volta para a Alemanha. Quando chega no país, ainda no caos nazista, recebe uma carta para ou cantar nas tropas hitlerianas, ou trabalhar numa indústria bélica nazista; só teve uma opção: fugir. Dessa forma, vai para Argentina e para muitos outros países junto com seus amigos que eram judeus. Segundo Dietrich: “Me separei então completamente dos alemães e passei, de corpo e alma, para o lado dos judeus. Estes sim, eram e sempre foram os meus verdadeiros amigos durante toda a vida.” Através desse fato histórico podemos observar uma micropolitica feita por um alemão que foi contra um paradigma alienado, prepotente e também, extremamente fortificado para que houvesse, de alguma forma, uma consciência social.
            Poderia-se dizer que o evento descrito acima é antigo e que não cabe mais falá-lo dentro de nossa sociedade atual? Acredito, sem sombra de dúvida, que não; há em nossa sociedade o neonazismo: grupo o qual resgata a política propagada por Hitler. Alienados que vivem um período histórico ultrapassado no presente cometendo agressões físicas, violência moral, psicológica e homicídios. Estamos falando de um grupo que resgata o nazismo, porém, é claro, não devemos esquecer também de que existem outros grupos com a mesma ignorância e que, também, cometem violência; no entanto, estes não têm como base o nazismo, por isso, não abordaremos eles, pois o foco de nossa discussão é o nazismo e como essa ideologia pode fazer com que haja um papel identificatório para os sujeitos no presente.
            Não queremos colocar aqui afirmações de que: esses grupos devem ser exterminados;  devem ser presos; devem ser torturados ou coisas do gênero. A questão é como pode uma ideologia alienada ainda fazer com que pessoas se identifiquem com ela? É um processo de identificação que faz com que ocorra uma alienação social e, dessa forma, estagna grupos de uma parte da sociedade os quais não conseguem acompanhar aqueles que não têm essa alienação. Logo, os esses alienados são excluídos socialmente e para poderem ser incluídos no social através de sua ideologia, precisam realizar revoluções para tentar mudar o paradigma atual, porém não será indo contra as leis, as regras e as normas que conseguirão a inclusão. Portanto, o leitor dirá que eles devem, então, realizar outras ações (dentro do nosso paradigma, o atual) para poderem ser inclusos em nosso social, mas isso não poderá acontecer porque se eles mudarem, sua ideologia morre. É um assunto que nos leva a uma complexidade. Apenas podemos ver que é um paradigma ultrapassado que ainda tentaram atualizá-lo (pois agora não são só judeus, mas negros, homossexuais e entre outros também) com o qual não corresponde com o paradigma presente.
            E retomando a notícia, devemos admirar e ter como exemplo do artista e Barão  Dietrich Günther Von Berg: um alemão que não teve tempo de deixar sua vida escrita em livros, mas somente numa linda reportagem feita sobre ele em 1981, pelo jornal de Novo Hamburgo antes de sua morte, e ainda idoso a bela memória era a sua vida, que através dela podemos tirar lições de amor, de coragem e acima de tudo de igualdade, pois ele sendo alemão e forçado a ter uma ideologia de superioridade – nem caberia dizer que ele driblou o orgulho, pois para ele, essa driblagem fora extremamente espontânea de sua alma-, ultrapassou essas barreiras naturalmente, abandonou sua gloriosa carreira de artista consagrado e fora tido como um dos 10 homens mais bem vestidos de Berlim, deixou o glamour da fama para dedicar-se a uma causa nobre, completamente missionária, correu riscos e foi salvo diversas vezes por quem eram perseguidos, os judeus. Günther é um homem que a humanidade precisa conhecer e saber da sua missão aqui na Terra, o de salvar vidas indo contra o III Reich e a política massacrante de Hitler. Através disso deixou uma mensagem para toda a eternidade de nossa história, a fraternidade que ultrapassou horizontes, medos, vaidade e até a morte.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Onde esconderam o poder?

            Ano passado, a população brasileira estava contente, ansiosa e impaciente; o país inteiro parado esperando pelo grande acontecimento de 2010: a copa do mundo, o povo sabia de tudo, “a seleção brasileira jogará hoje contra a seleção x, se ganhar dessa, jogará semana que vem com a seleção y, o técnico Dunga tem planos de organizar o time nessas posições, o jogador tal vai ser substituído por aquele...” e assim todos estavam por dentro. Porém,  existe um outro evento que ocorre no mesmo ano em que se realiza a copa do mundo: a eleição presidencial, ou seja, eleição onde um partido específico representará o país. Desse evento observa-se que o povo pouco sabia, provavelmente porque pouco se interessava pois, é claro, existia algo "mais importante" acontecendo.
            Desviar a atenção da população é fácil, basta tratá-la como um cachorro. Vamos contar uma pequena anedota. O meu cãozinho não pode entrar em casa, ele deve ficar no pátio, porém, por um descuido meu, deixei a porta aberta e ele entrou. “Epa, cãozinho safado, quem és tu para invadir a MINHA privacidade?!” pergunto para ele indignado e, assim, pego um pedaço de carne que já começa a se decompor, mostro para ele e o guio com aquela comida fedorenta até ao pátio e, ele, então, sacia a sua vontade, fica feliz e, dessa forma, por mais que ele por mim seja impedido de invadir minha privacidade, ficará feliz com o naco de carne pútrida, esquecendo-se de fazer novas tentativas de mudar o “status quo” que estabeleci. Concluindo, o dono da casa é a política; o povo, o cãozinho safado. E quem é o culpado? Nós mesmos (sujeitos inseridos no social) pois não somos animais irracionais, ou seja, somos dotados de razão, podendo mudar paradigmas. A política também tem a sua culpa, é bem verdade, porém qual é o dono que se preocupará enquanto o seu cãozinho safado não o morde?
            Relato agora um evento histórico que poderia acontecer em nossa sociedade. Na idade moderna, a Espanha, por exemplo, retirava todas as riquezas da América, logo ficou rica através de suas colônias. No entanto, quem começou a revolução industrial não foi a Espanha e que, nesse caso, poderia ter sido, pois estavam milionários. Quem começou foi a Inglaterra, a partir do seguinte raciocínio: vamos produzir para vender aos milionários espanhóis, assim eles compram e nós vendemos e, com o tempo, acontecerá a inversão de papéis. Não digo que nós tenhamos que entrar na política, mas devemos saber que é que nós é quem tem o poder de decidir nas questões políticas. Claro, não esquecendo, obviamente, que a decisão deve ser democrática, para isso deve haver também, para cada mudança, uma discussão de moral e de ética.
  O leitor pode dizer que existem revoluções no Brasil, como ocorreu a Revolta da Vacina e entre outras, e que agora, atualmente, há um grupo de jovens que estão jogando golf nas ruas de Porto Alegre para mostrar o quanto há de buracos nas ruas... Sem comentários. Na verdade, há um comentário sim: é uma revolta belíssima (e isso não é uma ironia), pessoalmente acho lindo um tipo de revolução dessas, pois mostra algo totalmente ingênuo e pacífico. No entanto, não funciona.
Portanto, está na hora de termos a nossa conscientização social para que possamos UNIDOS combater as injustiças que nos afetam a todo o momento. Somos excluídos da política por termos um paradgima alienante, porém toda inclusão, às vezes, requer uma micropolitica.

sábado, 28 de maio de 2011

Alienação no paradigma laboral: uma mudança necessária

Alienação no paradigma laboral: uma mudança necessária

Viver a história do passado na história do presente, ou seja, viver em um contexto sócio-histórico-cultural que não condiz com a atualidade é viver alienado e orientado por paradigmas ultrapassados, ignorando que é necessária uma orientação embasada em princípios condizentes com a evolução do pensamento. Essa situação ocorre em nossa sociedade atualmente em vários âmbitos, nesse texto queremos refletir sobre a desigualdade de gêneros e de salário que há na vida laboral em alguns setores de nossa sociedade.
     Não podemos analisar apenas um fator que influencia um evento, pois normalmente um fato ocorre através de muitas influências, por mais que algumas delas sejam mínimas; entretanto, entraríamos em muitas discussões para tentar explicar os motivos que fazem com que ocorra essa desigualdade entre os gêneros no âmbito laborial. Podemos destacar alguns pontos que poderiam causar essa diferença: um deles é a influência de alguma(s) religião(ões) a(s) qual(is) foi(ram) muito marcante(s) na história da humanidade. O Papa João Paulo II reafirmou em 1994 que apenas os homens poderiam ter a vida sacerdotal, pois Jesus só tinha apóstolos homens. Surge a seguinte pergunta: por que as mulheres não podem realizar um trabalho “puro”? O que importa é que interpretações atemporais da história, como essa, causam a exclusão injusta através de um paradigma não-atual, pois o contexto social em que Jesus vivia não permitiria que ele realizasse sua missão de forma eficaz, já que a mulher na sociedade israelense de sua época era considera um ser inferior ao homem e a figura feminina não tinha voz ativa na sociedade. Dessa forma, se ele se cercasse de mulheres para realizar sua missão seria, no mínimo, ignorado e seus esforços para transformar para melhor a sociedade seriam inúteis. O próprio Leonardo da Vinci desafiou essa afirmação ratificada pelo papa antes mencionado desenhando a Santa Ceia, onde na pintura podemos perceber uma mulher como apóstola, obviamente temos que concordar que naquela época a humanidade recém estava saindo das trevas.
      Porém, estamos no século XXI, ou seja, está escrito na “Constituição Federal no título dois – dos direitos e garantias fundamentais – capítulo 1: dos direitos e deveres individuais e coletivos – artigo quinto: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança [...], nos termos seguintes: I – homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta constituição”. Por que viver alienadamente , por que viver em um contexto social do passao? A lei é taxativa: todos são iguais perante a lei, não cabendo distinção de sexo para acesso ao trabalho. O que falta é o cumprimento do que a Constituição estabelece por falta de conscientização da sociedade e de uma fiscalização eficaz por parte do Estado. Portanto, para que não haja mais injustiças (exclusão), é necessário que todos aqueles que possuem um paradigma alienado (desatualizado), atualizem-no através da conscientização de igualdade entre os sexos e, para que isso ocorra, é necessário que haja micropolíticas em nossa sociedade.

Noticia sobre mulheres no mercado de trabalho: uma visão otimista?

http://www.youtube.com/watch?v=-kYhaJlFcxk