quinta-feira, 9 de junho de 2011

Quanto ao Bullying


O que antigamente era apenas visto como “maldade de criança” não era caracterizada e, muito menos, denominada; hoje já é conceituada como bullying. E, bom, quem nos dias de hoje nunca ouviu falar em bullying? O bullying é considerado um tipo de agressão que intimida moral e fisicamente – caracterizada por isolamento e discriminação de diferenças, comum em crianças e adolescentes – que pode causar conseqüências para uma vida toda. Por esse motivo é que o bullying começou a ser discutido, porque cada vez mais a formação e a saúde mental da criança são notadas, e, também há a importância para a constituição de um sujeito. Também, um fato interessante é que nem sempre a posição de agressor e agredido é mantida, ocorre com freqüência o agredido se tornar o agressor em outro grupo e vice-versa: o agressor passa a ser agredido.
Um acontecimento que trouxe à tona o bullying, através da mídia, foi o atirador de Realengo – que massacrou alunos de uma escola, levando a morte 12 delas – levantando questões se ele sofreu ou não bullying e se isso seria um fator que contribuiu para o massacre.
Hoje o bullying vem sendo enxergado, estamos trazendo a conscientização este aspecto que todos já passamos ou vimos passar em nossa infância e adolescência, sempre foi um acontecimento presente na sociedade, mas só agora começou a ser vinculado pela mídia e forçando escolas a esta discussão. E qual lugar melhor que a escola para educar e debater o respeito pelas diferenças?
            O bullying, com certeza, é um fator muito agravante da exclusão social e, inclusive, se esta conscientização não ocorrer, temos uma praga que pode se espalhar (já estão falando de bullying no trabalho). Devemos saber e estimular a abordagem do assunto nas escolas, no trabalho, em casa ou em qualquer forma de convívio. Não devemos achar normal a agressão, achar “maldade de criança”, devemos educar como primeiro passo para uma sociedade mais aberta às diferenças. Estimularmos crianças e adolescentes é primeiro passo para que essa aceitação das diferenças nos siga para vida do sujeito livre de preconceitos.
Uma forma de respeito e aceitação foi o que fizeram alunos mineiros do terceiro ano do Ensino Médio – os 27 meninos da turma rasparam o cabelo em sinal de solidariedade com o colega que foi diagnosticado com câncer. O vídeo está no seguinte link:

http://www.youtube.com/watch?v=d3Js3-phym4

Um comentário:

  1. Eu já cometi e já sofri bullying.
    Creio que é uma coisa normal do ser humano que vem desde criança, seja por influência dos pais, amigos, professores ou até da mídia. Infelizmente são essas atitudes que nos transformam em pessoas piores e em adultos preconceituosos.
    Quando pequenos, não temos noção que somos diferentes, sim, todos somos diferentes. Mas não quer dizer que por sermos diferentes, somos melhores ou piores do que alguém.
    É com muita tristeza que afirmo que será muito difícil combatermos esses atos, mas concordo que o estimulo e a educação desde o berço é o primeiro passo que deve ser tomado.
    Muito bom o texto e o vídeo, obrigado!

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